Por Rosária Farage
Lembro que um dia li numa revista que Caetano Veloso, antes de ter o primeiro filho, não gostava de criança. Ele comparava os pequenos animais (racionais) aos cachorros. Chatos e inconvenientes. Apesar de já ser mãe naquela época, concordei com o artista. É difícil de admitir, mas muitas vezes o bichinho de quatro patas é ainda mais fácil de lidar.
Crianças de até 3 anos, por exemplo, dependem totalmente da gente. Mas são tiranos. Todos os dias nos levam à loucura com tantos pedidos e manhas. Querem tudo na hora! Quebram copos, aparelhos eletrônicos e enfeites. Rabiscam a parede branca que acabamos de pintar. Amassam e rasgam os cadernos de desenhos. E, ainda por cima, cismam em querer atenção na hora da novela.
Nos dias em que chegamos cansados em casa, eles estão elétricos. Quando queremos dormir cedo aparece sempre uma virose. Passamos a noite em claro e perdemos o dia de trabalho. O chefe pensa que somos irresponsáveis. E ao voltar para o escritório, encontramos a mesa cheia de serviço, só que o telefone não para de tocar. A empregada coloca o “malinha” na linha dizendo: “Mamãe, por favor, vem pra cá”.
É muito comum desejarmos que eles durmam logo. Mas quando caem no sono, dá vontade de acordar. Assim, nossas vontades nunca são as mesmas. E a cabeça dos adultos não consegue descansar. Por isso, podendo não os tenha. Se tiver, você vai se danar. E vai amar aquele que te maltrata. Tudo vai entender. Sempre vai perdoar. Vai dar o que nunca teve. Só que eles não vão valorizar. Nem se contentar.
Sendo assim, concluo que existem, de fato, inúmeras semelhanças ente os peludos e os carequinhas. Ambos fazem xixi na sala; deitam molhados no sofá; não arrumam à bagunça, nem limpam a sujeira; fazem muito barulho; incomodam a vizinhança; mastigam seu coração e por ai vai. Enquanto um late, o outro morde. Literalmente. Mas apesar de pequeninos, sabem assoprar direitinho.
Lembro que um dia li numa revista que Caetano Veloso, antes de ter o primeiro filho, não gostava de criança. Ele comparava os pequenos animais (racionais) aos cachorros. Chatos e inconvenientes. Apesar de já ser mãe naquela época, concordei com o artista. É difícil de admitir, mas muitas vezes o bichinho de quatro patas é ainda mais fácil de lidar.
Crianças de até 3 anos, por exemplo, dependem totalmente da gente. Mas são tiranos. Todos os dias nos levam à loucura com tantos pedidos e manhas. Querem tudo na hora! Quebram copos, aparelhos eletrônicos e enfeites. Rabiscam a parede branca que acabamos de pintar. Amassam e rasgam os cadernos de desenhos. E, ainda por cima, cismam em querer atenção na hora da novela.
Nos dias em que chegamos cansados em casa, eles estão elétricos. Quando queremos dormir cedo aparece sempre uma virose. Passamos a noite em claro e perdemos o dia de trabalho. O chefe pensa que somos irresponsáveis. E ao voltar para o escritório, encontramos a mesa cheia de serviço, só que o telefone não para de tocar. A empregada coloca o “malinha” na linha dizendo: “Mamãe, por favor, vem pra cá”.
É muito comum desejarmos que eles durmam logo. Mas quando caem no sono, dá vontade de acordar. Assim, nossas vontades nunca são as mesmas. E a cabeça dos adultos não consegue descansar. Por isso, podendo não os tenha. Se tiver, você vai se danar. E vai amar aquele que te maltrata. Tudo vai entender. Sempre vai perdoar. Vai dar o que nunca teve. Só que eles não vão valorizar. Nem se contentar.
Sendo assim, concluo que existem, de fato, inúmeras semelhanças ente os peludos e os carequinhas. Ambos fazem xixi na sala; deitam molhados no sofá; não arrumam à bagunça, nem limpam a sujeira; fazem muito barulho; incomodam a vizinhança; mastigam seu coração e por ai vai. Enquanto um late, o outro morde. Literalmente. Mas apesar de pequeninos, sabem assoprar direitinho.
Um comentário:
Rosaria
Estou na segunda fase de lidar com crianças, com os netos. A grande vantagem é que quando eles ficam endemoniados, eu tiro o time de campo.
Bjs
Fabio
Postar um comentário