Sergio Medina Quintella
Quem não gosta de festa?
Que eu saiba, muito pouca gente.
Na verdade, a festa começa mesmo na ocasião em que a gente toma conhecimento dela, e aí começa a imaginação a trabalhar.
Lembro–me das muitas festas que fui quando garoto e depois na minha adolescência.
Quando garoto,lá pelos meus 10 ou 12 anos, o negócio era ir às festas de aniversário.
Sempre fui muito arteiro e inventador.
Uma ocasião num aniversário daqueles, cheguei para meu primo, 3 anos mais novo, e falei:
- Vamos lá no banheiro nos fantasiar?
-Vamos, disse-me de imediato.
Entramos e começamos a nos enrolar no papel higiênico. Gastamos o rolo todo,e saímos pela Sala do apartamento pulando e acenando.!
Só que não era carnaval. Era um aniversário feito com todo carinho pela mãe do garoto aniversariante. O resultado já se viu né? Fomos imediatamente para o para o castigo e para nós a festa acabou ali, pois ao que parece, nossas mães não tinham muita intimidade com a anfitriã.
Na adolescência, continuávamos morando em Copacabana e havia uma patota maravilhosa !. Era um grupo de garotos e garotas ali do “ Posto 6 ” que convivia direto. Acho que uns 10 a 12.
Todos os Sábados a festa era na casa de um de outro, e falando sinceramente, lembro-me mais das casas das garotas. As melhores aconteciam quando elas moravam na Av. Atlântica, pois a gente ficava na janela apreciando o mar e o calçadão.
O negócio era gostoso. Tinha mãozinha dada, tinha beijinho, tudo sob a supervisão dos pais das garotas, é claro, que ficavam sentados nas cadeiras em volta da sala. Mas só podia fazer isso se estivesse namorando. Caso contrário, e verdade, nem se pensava,só imaginava...
Mais tarde um pouco, os já rapazes, praticavam muito esporte na praia. Eu por exemplo jogava futebol pelo “La vai Bola” , um time muito conhecido que sentava praça em frente da quadra entre as Ruas Francisco Sá e Souza Lima.
Os jogos começavam às 4 da tarde , terminando lá pelas 6 horas.
Ia-se para casa tomar um banho, descansar um pouco, jantar ( pois naquela época era inadmissível não jantar), e depois voltava-se para o calçadão para passear e fazer um pequeno “footing”. Lá pelas 9:30 hs o pessoal começava a aparecer na casa combinada.
Ah!, quase ia me esquecendo: A dona da casa era quem preparava os doces e salgadinhos juntamente com Coca ,.Pepsi, Guaraná, Grapete, Fanta Uva ou Fanta Laranja.
Tempo bom. Muita saudade mas, ....sem volta.
Finalmente, quando mais adultos, as festas á tinham perdido aquela atmosfera de certo romantismo, fantasia ou coisa parecida.
Muitos de nós já estávamos envolvidos com interesses mais sérios, e aí já rolava namoro sério, bailes de formatura dos cursos Clássico ou Científico.
Alguns mudaram-se de Copacabana, e assim, a época foi passando a adquirir feições diferentes até que a vida impulsionou boa parte daquela patota para outros rumos e paragens.
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3 comentários:
Sergio
Eu tb fui jogador de futebol de praia e conheci bem o "La Vai Bola" do Posto 6.
Saudade não tem idade.
Abs
Fabio
Sérgio, ler sua crônica dá aquela sensação de ir vendo o filme acontecer na mente. Te vi como múmia e tb namorando discretamente (muito discretamente, rsrsrs...)na sacada, fingindo estar admirando o mar de Copacabana! História boa é assim... Salta do papel e ganha vida!
Beijos grandes!
Sergio, Serjoca, Serjão,
aos pouquinhos vais mostrando a que vieste.
Mesmo não se passando na minha época (sou beeeeeem mais moça!!!rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsrsrsrs)seu texto me fez reviver aqueles "anos dourados".
Parabéns e obrigada pelo presente,
abraço,
Mª Teresa
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